terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chega!


Eu me pergunto de verdade se essas pessoas que defendem a Dilma já trabalharam com carteira assinada. Se já receberam seus contra-cheques e viram o tamanho do imposto que é pago pela falida classe média que sustenta o país. O tão falado poder de compra adquirido se dá graças a essas pessoas que ralam diariamente trabalhando muitas vezes 12, 14 horas por dia e que a grana mal dá pra pagar o aluguel e as contas. Não tem segurança, escola pública decente, nem hospital público. Sem falar no transporte e saneamento, vide o estado da Baía da Guanabara. Enfim, eu me encaixo neste perfil e desde o Governo Lula minha renda diminui, me sinto pagando a conta 2x sem poder ajudar a minha família, por exemplo. Isso é apenas um mero desabafo de uma brasileira cansada de carregar o país nas costas. Prefiro a mudança para um presidente que se mostrou um bom administrador em SP. Que tem um mínimo de cultura e pode negociar de igual pra igual com os países ditos desenvolvidos. Atento que isso não é para agredir ninguém. A agressão se dá para com aqueles que passam 4 meses do ano trabalhando para pagar apenas impostos. E tenho dito!

domingo, 25 de julho de 2010

Mudando de prateleira


Isso já faz algum tempo, mas foi estúpido, confesso. Era início de relacionamento. Estava super apaixonada e ele parecia estar também. Nos víamos de 2 a 3 vezes por semana, incluindo sábados ou domingos. Mas neste sábado em específico ouvi o primeiro: - Hoje não vai dar. Quero ficar em casa quietinho. Não éramos namorados, mas estávamos sempre juntos. E levando a primeira parte em consideração confesso que pensei imediatamente: - Perdi! Muito bom pra ser verdade! Tá com outra ou enjoou. Ainda tentei argumentar, mas não teve jeito. Desliguei o telefone arrasilda!

Alguns minutos depois Alice me ligou. Atendi aos prantos. Não conseguia falar, só chorava. Ela ficou louca! Pegou o carro, 2 garrafas de vinho e se materializou na minha casa em menos de 20 minutos. Eu tomei um susto, mas no fundo precisava do colo de uma amiga. Conversamos a noite inteira, madruga à dentro. Matamos as duas garrafas, ficamos bêbadas e no final eu já estava rindo. Por que tanto drama? Ele não era nada meu, não era isso? Whatever!

No dia seguinte acordei melhor, Alice logo pegou a bolsa, fechou o sofá-cama e partiu pra casa. Já eu na minha preguiça matinal tomei café, taquei a louça na pia da cozinha, me joguei na rede para ler o jornal. Coisa que amo fazer aos domingos!

Toca o telefone e era o mocinho! Fiz a indiferente, como se nada tivesse acontecido. Afinal, ele estava ligando, certo? Me chamou para um programa mais tarde, eu topei. Dei uma geral na casa, lavei a louça (pelo menos), tomei um banho, me arrumei e fiquei esperando.

Bom, resumindo: chegou, subiu, entrou na cozinha e qual foi a primeira coisa que ele notou???? As taças de vinho lavadas, claaaaaro!!!! Fez uma ironia e eu, fazendo a misteriosa apenas disse: - Pois é! Mais nada! Burra!!! Foi aí, neste exato momento que saí da prateleira da futura namorada pra, na mais educada definição que posso dar agora, peguete. Virei uma qualquer, como qualquer outra.

Ele mudou e pra piorar contou isso pra algumas pessoas. Depois de um tempo resolvi contar a versão real da história, só que o estrago já tinha sido feito. Passado tanto tempo, até hoje esse assunto volta à tona. Não comigo (e também não em condições alcoólicas normais), mas com pessoas em comum. Perdeu a confiança em mim, e acho que pra sempre. Levei a fama, sem deitar na cama. Literalmente!

Uma lição pra vida? Seja sincera ou guarde bem as provas! Pois mesmo inocente você pode ser rotulada de algo que não é. Infelizmente! #ficadica!
Bjkas

domingo, 30 de maio de 2010

Balza-Carol!


Ainda lembro, aos 3 anos, quando entrei na escola (e que não chorei), quando fui modelo do uniforme aos 5 e Maria, mãe de Jesus, na peça de final de ano na primeira série.

Também lembro aos 3 com meus tios, primos e pai no 'jardim de baixo' em Valença. Das férias de infância e adolescência em Itacoatiara, dos caldos na praia, do cheiro de mato das alamedas, das árvores do sítio e passeio de charrete aos domingos.

De quando tinha 10, no sofá da casa da minha avó, torcendo pela seleção de 90. Não entendi como podiam permitir, perante todo sofrimento daqueles brasileiros após a eliminação, que não tivéssemos uma segunda chance. Um absurdo!

Lembro do meu primeiro beijo aos 14, do meu primeiro namorado aos 16 e também do último, que foi sem ter sido, infelizmente. Lembro do Pablo, amigo do meu pai que se passava por papai noel, nos dezembros da minha tenra infância. Da minha primeira (em 1994) e última (em 2010) viagem internacional e que ambas foram para a Disney =).

Lembro de todos aqueles que passaram e também aqueles que ficaram. De todos os trabalhos, paixões, brinquedos, carros que meus pais tiveram, de quando senti minha primeira azia, das minhas traumáticas extrações de cisos e das fatídicas dores d'alma.

De quando pisava delicadamente nos pés do meu pai para dançarmos pela sala de casa. Dos jogos de memória, das idas ao mecânico, das longas conversas sobre a vida. Também me lembro do dia em que ele se foi.
Lembro do doce que eu mais gostava na vida e que só a minha avó sabia fazer: vienenses! Das festas de família, do meu único aniversário surpresa, do meu único buquê de flores, de ter feito capoeira, basquete, balé, jazz, ginástica olímpica e de como odiava jogar volley na escola (preferia baseball).
Do gosto do arroz da minha mãe e da carne seca da minha avó. Do Reveillon em Buenos Aires, dos Carnavais de clube em Valença. Dos 110 pés de jabuticaba, da minha primeira comunhão, dos bingos de igreja, das aulas de bordados e tricô dadas pela Vovi.
Lembro do dia em que te conheci, de tudo que conversamos (nos mínimos detalhes) e que você deu uma mordida no meu salsichão. Nosso primeiro encontro, beijo, cinema, porre, ataque de riso, choro, música, dança, jantar, show do Roberto Carlos, pizza com vinho e de como eu sempre soube, desde o início.
Da faculdade e de não ter tido formatura. Dos poucos e bons amigos que fiz lá. Das pessoas que escolhi para fazer parte de minha família, ds almoços e jantares regados a vinho, boa música e gargalhadas, antes na Gávea, agora no alto Leblon.
Afinal de contas são 30 anos intensos, em que taaaaaaaanta coisa aconteceu. Bom, espero mais pelo menos o dobro disso para viver ainda tudo aquilo que eu ainda tenho pela frente. Tempo de recomeçar e de ser ser, mesmo que um pouquinho, feliz a cada dia!
Bjkas