segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Momento desabafo



Como já cansei de dizer aqui existem algumas Alices na minha vida. Gordas, magras, bem sucedidas ou não, casadas, solteiras, enroladas, anfã, muitas! Mas tem uma delas que é bastante especial. Eu a admiro extremamente e com a sua permissão, obviamente, reproduzo um de seus desabafos para demonstrar o quanto ela é uma pessoa foooooooda!Te amo amiga e sempre conte comigo pro que der e vier!



"Muitas vezes eu me pergunto o que a vida está querendo me provar. Depois de perder tantas coisas (afinal já estou com quase 40 anos, né?!) eu continuo perdendo, mas mesmo assim insisto em acreditar que tudo vai melhorar. Mas por outro lado, depois de perder tanto, a Alice que aqui vos fala se tornou uma pessoa extremamente prática no item sentimentos. Se não tava dando mais certo ou fazendo feliz, 'ademã' que eu vou em frente! Mas entenda que não em um sentido derrotista, pois enquanto aquilo me movia, enquanto eu acreditava naquele relacionamento eu continuava insistindo! Morava embaixo da ponte, dava porrada em neguinho, cuidava quando doente, cozinhava, acordava de madrugada para dar remédio e o que fosse necessário! Não é a toa que emendei um namoro no outro (sempre muito longos) e, acredite ou não, com uma fidelidade extremada, quase doentia.


Pois aí me aparece um 'pirralho' que insiste em entrar na minha vida. Obviamente, que por estar passando por uma crise no meu último 'affair', a aproximação tornou-se mais fácil, mas mesmo assim um osso duro de roer. Ele era o que sonhava e fantasiava (apesar de seu coração de pedra) e eu quem o trazia pro chão de 5 em 5 minutos. Os papos se tornaram diários e a intimidade estreita. Eu era apenas EU e ele apenas ELE, sem máscaras, sem fingimento. Uma relação, como você mesma diz, easy going, sem cobranças e dramas.


Mas tudo isso virou um turbilhão. Do primeiro momento que a gente se beijou ao último foram meses de uma montanha russa de sensações extremas, sentimentos intensos, lágrimas, dor, vícios, vôos, tempo que pára, chuva e sol. E isso entre a pessoa prática e a pedra de gelo.


Encontrá-lo é e sempre foi mágico, místico, perfeito, único. Com ele eu finalmente entendi o conceito de ser/estar feliz. Mas a dor da separação me matou por todas as vezes que tivemos que dizer até mais. E renascer das cinzas dói pra caralho, mais do que esse seu papinho 'bullshit' de crescer. Eu não sei o que dá em mim, mas é como um pedaço fosse embora com ele. Como se me cortasse um braço ou perna a sangue frio. E eu desabo, choro, sofro. Como na última vez. E também no dia posterior por simplesmente ele ter desaparecido da face da terra. No calls, no sms, no mails, no messenger. Just sweet memories.


Juro que não agüento mais isso. Daí a minha pergunta do que a vida está querendo me provar. Será que a pessoa prática precisa ser mais paciente? Será que tudo é tão doloroso para que se dê valor e dure para todo sempre? Será que pode ser como em Blueberry Kiss, com Judy Law e Norah Jones, em que os personagens eram almas gêmeas, mas precisavam de um tempo para resolverem suas ‘pendências’ e assim ficarem juntos? Ou será que nada mais é do que um: - Cai fora sua besta! Você se meteu em uma roubada!!! Most probably!


Sério, tô sem forças, sem saco, sem vontade de continuar esse joguinho que só machuca a mim mesma. Sei que já falei isso trocentas vezes, mas minha meta agora é me fortalecer, ficar melhor e diferente das outras vezes bancar a decisão que tiver que ser tomada. Olha, sorry, pelo momento desabafo, mas precisava colocar-te 'au par' da situation pós reencontro. Eu o amo loucamente, preciso dele urgentemente, mas chego a conclusão que tá foda administrar tudo isso num momento em que preciso resolver tantas outras coisas mega importantes na minha vida.



Porém, como não posso negar a minha essência, sei que no final tudo vai dar certo, já que com ou sem ele a vida tem que continuar, concorda?!



Bjks =(



PS: Só me responda uma coisa: - Por que essa infantilidade de há meses ser fiel a um cara que tem uma noiva???????? E olha que o que não me faltam são pretendentes, juro!"

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