sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fácil!?

Comumente me pego pensando que a vida deveria ser mais fácil. Tirando o fato de que a humanidade nunca está satisfeita (taí um dos motivos para o qual a vida não seja sempre perfeita) e gosta de reclamar, também tem o fato de que viver não pode ser classificado como justo bem como o estado de felicidade plena, buscado pelo mundo inteiro, não existe. Fato.

E a constatação dessa 'injustiça' parte do simples motivo de que se fosse justa as pessoas não morriam ou ficavam doentes. Não seriam estupradas, assassinadas, sequestradas, bem como não perderiam suas casas em enchentes ou incêndios. E digo isso sem passar por qualquer dogma ou crendice. É simplesmente uma constatação das notícias diárias.

Mas ao mesmo tempo, como uma pessoa que crê na reencarnação, não posso deixar de levar em consideração meu posicionamento sobre isso. Se nossas almas reencarnam elas estariam passando por constantes processos evolutivos a cada ‘vida’. E se você precisa evoluir meu bem, nada mais razoável que você passe por coisas boas e ruins na(s) vida(s). Simplista? Talvez, mas eu acredito nisso.

E a felicidade plena? Por que motivo as pessoas buscam algo tão intangível? Pensemos em algumas constatações: se a felicidade plena existisse não acha que aquela humanidade que nunca está satisfeita e gosta de reclamar (mencionada no primeiro parágrafo) não acharia uma forma de ficar insatisfeita? Tipo: você ama Paris e gostaria de passar suas férias lá. Mas se pudesse fazer isso em absolutamente todas as suas férias não iria uma hora chegar à conclusão de que não aguenta mais e iria reclamar? Sim! Se tivesse a possibilidade de não trabalhar e passar o tempo todo vagabundeando... Será que em algum momento não sentiria falta de ter uma vida mais regrada com um mínimo de rotina e organização? Sim! Ou se pudesse comprar um iate por dia, ou uma moto, ou jantar fora no Gero diariamente... Enfim, o ponto é que precisamos dos desafios e metas para dar valor àquilo. Àquela conquista. Ou seja, o sentimento de ‘eu lutei, eu consegui’ são complementares ao fato de estar fazendo algo que sempre quis. Fato.

Com isso só posso chegar à conclusão de que a felicidade plena não existe, mas momentos felizes. E esses momentos felizes são os que nos mantêm vivos, crendo no fato de quando coisas ruins acontecem ou dificuldades aparecem a gente pode e consegue transpor aquilo. Chamo isso de fé. E se essa fé é na gente mesmo, na vida, nos outros, não importa, mas é o que nos move a continuar.

Resumindo: viva com equilíbrio. Você não precisa deixar de fazer nada, mas também não precisa fazer tudo. Coma, beba, exercite-se, tome sol, faça sexo, mas com moderação. Não perca a conexão com você mesmo, não deixe de ser quem é por causa de outrem. Viva um dia de cada vez sem se apegar ao passado ou a futuro. Viva o hoje, simplifique, ganhe tudo, perca tudo, só não perca a fé.

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